terça-feira, 14 de julho de 2009

me faz chorar e é feito pra rir


A obliteração criativa dos últimos meses impede que eu atualize o blog amiúde.
Não que eu tenha sido, alguma vez sequer, criativo, mas a vontade de escrever também não vem. Bom, a maioria dos posts são da época das férias, ou pelo menos quando não havia nada pra se fazer, nenhuma obrigação.
Agora que novamente estou de férias, acho que dá pra escrever quelque chose.
Não só a vontade de escrever se foi nesses tempos, mas também a abertura a qualquer impulso criador alheio, às intensidades que perpassam as obras...
Eu estava falando com alguém esses dias sobre a minha tiuria: quando fico períodos afundado nos estudos da faculdade, passo a ter uma predisposição, uma tendência a ressuscitar o modus operandi acomodado do meu olhar, da minha mente, ou o que quer que seja. "Se é isso, então tem que ser isso", o jeitinho deôntico de se pensar numa faculdade de direito, ah. Basicamente aniquila toda a arte, toda a contemplação. A obra simplesmente é.
Acho que o segredo é exercício, não "disciplina do olhar", mas "indisciplina" do que está pavimentado no pré-olhar, na poeira que se acumula, nos sedimentos.
É preciso olhar as coisas, as pessoas, o que elas fazem, pensam e produzem com a mesma paixão senil que nada pede em troca. E a curiosidade infantil que nada de fato compreende. Sentir, apenas. É preciso.

http://www.youtube.com/watch?v=CV8_WJNzCh8

Um comentário:

::Soda Cáustica:: disse...

percebi que a terapia começou a matar minha inspiração em escrever.. até comentei isso com minha analista, a confusão mental que se assume qunado futucamos feridas abertas, mas escondidas. Engraçado isso, né? Andei até achando que emburreci, que não conseguiria escrever mais, que na verdade eu apenas ACHAVA que escrevia direitinho e que me enganava , ou que as pessoas que liam meu blog ficavam com pena de dizer a verdade.
Não me curei das feridas todas ainda, nem dos tais "achismos", mas parei de me cobrar tanto.